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Somos chamados para amar

Graça, Paz e Alegria!



Muitos textos, muitas histórias, muitos testemunhos que encontramos na Bíblia mostram com profundidade a realidade do amor. Que devemos viver em amor. Não vou, neste espaço, escrever sobre o que é o amor. Apenas que somos chamados para amar. Que temos exemplos de sobra na Bíblia para nos deixar claro: devemos viver esse amor. Mostrar a cada atitude. Isso não quer dizer apenas concordar ou passar a mão na cabeça. Quando um pai disciplina um filho está demonstrando amor (desde que saiba como disciplinar, claro). Não sou do tipo que acha que não se deve dizer "não". Conheci pessoas que achavam isso, que se um filho ouve um "não" do seu pai ou da sua mãe, vai gostar menos e coisas assim. Claro que há quem cometa exageros e aí, não pode ser chamado de amor. Mas amar não é apenas concordar, passar a mão na cabeça: é alertar do erro, mas deixar a pessoa viver a sua própria vida, se ela tiver capacidade para tal. É não concordar com uma atitude errada de uma pessoa, deixar isso claro, mas ainda assim estar ao lado dela, não para justificar seus erros, mas para ajudá-la a superá-los.

Já meditei muitas vezes sobre o texto proposto nesta meditação. Talvez seja um dos textos mais lembrados quando falamos de amor. Talvez João 3.16 siga perto, um pouco na frente ou atrás. Mas o texto de Coríntios é sempre lembrado quando falamos de amor. Já tive a oportunidade de pregar mais de uma vez, escrever outras tantas sobre esse texto. E ainda assim, a cada nova parada que dou para meditar nesse texto, algo salta aos olhos. Como normalmente é com a meditação séria e profunda da Bíblia como um todo.

Poderia escrever muitas dessas meditações. Mas prefiro deixar você com as suas. Acredito que apenas a proposta do título desta mensagem já nos diz muita coisa para o dia de hoje: somos chamados para amar.

Muitos se preocupam com o fazer, com as atitudes corretas, com atividades. Mas hoje pense em amar. Amar o pecador. Receber essa pessoa na igreja. Isso mesmo! Como você espera que o pecador mude de vida se ele não se sentir acolhido? Pode ser que não mude nem assim e há casos em que a pessoa muda antes de se aproximar da comunidade. Mas eu, pessoalmente, já dirigi um estudo bíblico na igreja onde algumas pessoas estavam presentes (acho que nunca tinha acontecido de ir tão poucas pessoas como naquele dia) e um ex-presidiário entrou. Até ali, não o conhecíamos. O estudo seguiu normalmente, as pessoas participando, inclusive aquele "estranho". No final, ele mostrou o que ele poderia ter feito naquela noite ali na igreja: abriu uma mochila que estava cheia de armas. Se de verdade ou não, se carregadas ou não, ninguém sabe, apenas ele e o Senhor. Mas ele deixou claro que a sua participação naquela noite tinha um outro possível objetivo: um roubo ou a tentativa de um. Mas não fez nada nem comigo, nem com as senhoras que estavam naquela noite no estudo Bíblico. Porque ele se sentiu bem no nosso meio e entendeu que aquele ato não era para ser praticado ali. Ele nunca mais voltou, disse que morava em outra cidade e que queria fazer um roubo para tentar voltar, porque a sua ficha de criminoso não dava muitas oportunidades para ele. Talvez tenha voltado com nossa ajuda, não sei. O que sei é que algo fez aquele homem não realizar naquela noite algo mais sério: sabemos que o Espírito Santo estava ali e o envolveu com amor, sem contar que nos motivou a acolher da melhor forma aquele desconhecido, a ponto dele se sentir bem e não querer fazer mais o que pensava antes.

Talvez o meu exemplo acima não seja o melhor. Afinal, nós nem sabíamos quem era aquele homem, por isso foi fácil recebê-lo, não é mesmo? Pois eu quero deixar claro: a Bíblia nos chama para amar, independente do que sabemos ou não. Agora, se sabemos que a pessoa precisa de ajuda, torna-se maior nossa responsabilidade em amar aquela pessoa, dar a mão para que ela possa ter a chance de mudar o caminho errado. Muitos apenas não querem aquelas pessoas que estão "em pecado" no meio da comunidade. Mas se essas pessoas não estiverem ali para mudar de vida, onde será? No bar? No local onde ela comete mais pecados? Onde será? Sei que nem todos mudarão de vida indo na igreja, e que há casos em que as pessoas se convertem nos lugares mais loucos imagináveis para tal evento. Mas sei também que será muito mais fácil a pessoa se converter e começar a mudar de vida dentro da comunidade de fé. Pena que hoje em dia muitos não sentem vontade de se aproximar e quando o fazem, se sentem mal...

Jesus atraia prostitutas, pecadores e todo tipo de gente. Eles não sentiam medo de se aproximar de Jesus. E muitos mudaram de vida depois desse encontro. É assim que deve ser conoso também, afinal Jesus deixou claro que nós faríamos coisas ainda maiores que as que Ele fez, porque Ele ia para o Pai (João 14.12). Mas hoje em dia, muitos se afastam de nós ou da igreja, são mal recebidos ou nós mesmos nos afastamos. Tem algo estranho com o amor...

Muitos tomam posse de bênçãos a mais variadas, quer as que realmente estão na Palavra ou algo realmente prometido pelo Senhor, ou aquelas que são apenas a vontade própria da pessoa. Mas poucos tomam posse dessa bênção que Jesus declarou para Seus seguidores: que faríamos coisas ainda maiores. A primeira coisa que ouço é que Ele era diferente, era Jesus... Mas esse mesmo Jesus disse que eu faria coisas ainda maiores! E eu quero ver isso em minha vida! Cegos vendo, paralíticos andando, pecadores se convertendo! Mas... para os outros milagres, a fé, a cura, podem fazer. Só que para ver pecador se convertendo, saindo mesmo da lama, da sujeira, talvez tendo que "tomar banho" dentro da igreja, quer dizer, chegar com a "sujeira" e ainda assim ser bem recebido, exige amor!

Somos chamados para amar. Viva isso!

Somos chamados para ter Fé

Graça, Paz e Alegria!



Quando leio o texto de Hebreus 11 vejo muitos que vivenciaram sua fé e que viram grandes eventos da parte de Deus. Mas gostaria de destacar ao menos um ponto aqui:

Ler a história depois do ocorrido dá um ar de "santidade" e certa "facilidade". Até mesmo nos momentos que notamos as dificuldades, temos a impressão que nem foi tão sério assim. Abraão, o pai da fé, teve medo de morrer por conta da formosura de sua esposa. Moisés, ao fugir do Egito, poderia ter morrido. O seu chamado mostra a situação humana diante de sua inquietação sobre fazer ou não a obra. Há muitos exemplos que precisamos observar e ter claro: o coração acelerou, a preocupação bateu e alguns até enfrentaram dificuldades.

Hoje em dia se acha que se apresentamos preocupações é porque não temos fé. Medo então... O problema não é sentir isso! Esses sentimentos são naturais da condição humana e até sem notar podemos entrar por esse caminho. O problema é dar mais atenção ao medo ou a qualquer preocupação do que devemos realmente dar. O medo e a preocupação não podem nos impedir de seguir e buscar a realização da vontade do Senhor, por fé. Se olharmos para o medo ou para a preocupação, podemos desistir ou ir muito devagar no que temos que fazer. Mas por fé, passamos por cima do medo ou da preocupação, entregando isso ao Senhor, crendo que Ele fará o melhor em nós e através de nós. Mesmo que as circunstâncias sejam desfavoráveis, se o Senhor chamou você para algo, saiba que você deve fazer a obra, por fé, sabendo que no tempo certo as coisas estarão em ordem.

E ao passar por problemas ou dificuldades? Há alguns que defendem maldições hereditárias, presença de pecados ou falta de fé. Sobre maldição hereditária, eu não posso negar o que a Bíblia diz. E, exatamente por isso, não posso negar que o inimigo tente causar problemas a várias gerações de uma mesma família com um problema igual. Agora, a mesma Bíblia revela que Jesus se fez maldito ao ir para a cruz (Gálatas 3.13). Ele levou o castigo, o pecado, a maldição, essas coisas que estavam sobre mim. Tenho que tomar posse dessa verdade. Muitos tomam posse de bênçãos materiais que o Senhor pode ou não ter dado. Mas não tomam posse dessa bênção espiritual: Jesus levou sua maldição! Os encontros para "quebra de maldição" deveriam ser apenas encontros de estudos de crescimento espiritual, de busca de santidade, um discipulado, para auxiliar cada um a entender essa verdade: a maldição que estava sobre mim (qualquer maldição) foi levada por Jesus.

Sobre estar em pecado, há casos que é assim mesmo. Não podemos negar que alguns precisam passar por processos mais dolorosos do ponto de vista humano para entender a verdade. Alguns usam a expressão "ou vem pelo amor ou pela dor". Eu, pessoalmente, entendo que é ou pelo amor ou pelo amor mesmo. Até passar por dificuldades para "abrir os olhos" é manifestação de amor, pois o Senhor está dando mais uma chance para a pessoa se acertar. Agora, não podemos definir que qualquer pessoa que esteja passando por problemas é porque tem pecado. Há casos em que o Senhor apenas quer mostrar a Sua glória, auxiliando a pessoa a sair daquela situação (por exemplo João 9.1-3), ou está moldando o caráter da pessoa para uma realização (como foi com José, por exemplo - Gênesis 37 - 50).

E falta de fé... Pode ser, não posso negar que uma pessoa pode realmente vacilar em sua fé e não conseguir ver as coisas se acertarem. Mas não dá para generalizar. Mateus 15.21-28 mostra a história de uma mulher que tinha fé e ainda assim teve que insistir muito para mostrar a sua fé e alcançar o que precisava. Se ela não tivesse fé desde o começo que poderia alcançar a resposta positiva ao seu pedido, ela nem teria começado a busca. Além de começar, teve que insistir durante algum tempo. Muitos desistem logo na primeira crise. Mas seguindo o exemplo daquela mulher, se cremos que o Senhor pode fazer ou ainda, que Ele mesmo nos deixou claro que é o caminho a seguir, não podemos desistir diante de dificuldades. Devemos seguir em frente.

Muitos buscam a fé quando estão em dificuldade e quando as coisas se acertam, largam as coisas para lá. Mas há aqueles que declaram sua fé quando as coisas estão em ordem e no menor sinal de dificuldade, vacilam naquela que parecia ser uma fé inabalável. Os dois casos não são bons. Afinal, buscar a fé quando tem problemas pode gerar em nós a falsa ilusão que podemos buscar quando temos dificuldades apenas. Há alguns que se convertem em momentos assim e entendem que devem buscar o tempo todo, em bons ou em maus momentos. Mas há aqueles que só buscam no meio da crise e abandonam depois que as coisas se acertam. E os que estão cheios de fé sem problemas e vacilam diante dos mesmos, podem acabar abandonando definitivamente a fé, por não ter profundidade no Evangelho para enfrentar o "dia mal" (Efésios 6.13). Alguns podem colocar as bases da fé genuína, mas muitos casos mostram que a fragilidade da fé pode causar mais desistências que o contrário.

É muito importante termos fé! Não para termos nossos desejos atendidos por Deus como se Ele fosse o "gênio da lâmpada", mas para crescer em comunhão com os irmãos, divulgando a fé e compartilhando uns com os outros aquilo que o Senhor fez e é. Para criarmos as raízes necessárias para o crescimento de nossa estatura cristã. Confiar que o Senhor pode fazer e crer que Ele está no controle, qualquer que seja a situação, a resposta ou o momento. Para que seja assim, temos que viver de forma a agradar ao Senhor. Buscar Sua vontade, a santidade, o crescimento espiritual. Dessa forma, podemos fundamentar a nossa fé com base sólida e não apenas em realizações, em respostas ao que oramos ou diante de necessidades. A fé vai além de esperar o que o Senhor pode fazer: a fé nos leva a buscar o Senhor que pode fazer e não apenas o que Ele pode fazer. A busca muda: não buscamos apenas a bênção, mas Aquele que pode nos abençoar.

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